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sábado, janeiro 22, 2005

O progressista Louçã

"Não me fale de vida, não tem direito a falar de vida", interrompeu Louçã. "Quem é o senhor para me dar ou não o direito de falar? O direito dá a Constituição e o povo que é democrata.", protestou Paulo Portas, enquanto Louçã, imparável, prosseguia: "O senhor não sabe o que é gerar uma vida. Não tem a mínima ideia do que isso é. Eu tenho uma filha. Sei o que é o sorriso de uma criança. Sei o que é gerar uma vida."

Foi assim, parece mentira, mas foi assim. Quem não tem filhos não pode exprimir-se sobre a vida...

O reaccionarismo de Louçã pode não ser surpreendente, como se pode ler no Abrupto.
Mas as reacções de apoio a Louçã impressionam, entre elas as que se podem ler no Público (Bloco Acusa Portas de Não Levar Conservadorismo às Últimas Consequências), que insistem nos aspectos privados da vida de Portas, ou mesmo certos comentários no Barnabé.

Vale a pena ler Helena Matos, no Público. No mesmo jornal, no editorial (sem acesso online), diz Eduardo Dâmaso: "Foi um truque baixo, uma frase assassina sem qualquer nexo de razoabilidade." Com a boa imprensa de que o BE dispõe, não é todos os dias que se encontram críticas às acções dos seus dirigentes.

Como diz o Sobe e Desce, "Salazar sobrevive onde menos se espera"...




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