As acções do Presidente
M. Fátima Bonifácio, no Público de hoje, critica PSL. Entre os vários temas, tenta desmontar a tese (ela escreve "tese") de que o Presidente deveria ter demitido o governo em vez de dissolver a Assembleia, dado que PSL não prestava e a maioria na Assembleia não dava sinais de crise.
Procurei argumentos, porque sou dos que acreditam na citada tese, e o que encontrei foram coisas como
"Tratou-se então simplesmente de demitir um primeiro-ministro incompetente? Tivesse este sido o caso e estaríamos, de facto, perante um precedente indesejável, pois se reconheceria ao Presidente a faculdade de despedir um governo que ele no seu juízo achasse inepto, independentemente da maioria saida de eleições de que esse governo gozasse. Uma tal prática presidencial equivaleria a desrespeitar a vontade popular e a declarar o voto irrelevante. Sejamos francos: se o PSD e o PP estivessem realmente convencidos de que tinha sido isto que se passara, não teriam suscitado pelo menos um levantamento nacional? Ter-se-iam limitado a murmurar queixumes contra a injustiça do Presidente?"
Quer dizer, demitir um primeiro-ministro seria precedente indesejável, mas dissolver uma Assembleia é fixe... que raio de argumento!
Com argumentação tão fraca não admira que a autora recorra a processos de intenção, e se concentre sobre "se o PSD e o PP estivessem realmente convencidos..."
Já agora, podem os visitantes deste modesto blog deixar aqui pistas para compreender este mistério? Muito agradecido.
PS. Pacheco Pereira gostou do artigo de M. Fátima Bonifácio, e acha-o esclarecedor...
Procurei argumentos, porque sou dos que acreditam na citada tese, e o que encontrei foram coisas como
"Tratou-se então simplesmente de demitir um primeiro-ministro incompetente? Tivesse este sido o caso e estaríamos, de facto, perante um precedente indesejável, pois se reconheceria ao Presidente a faculdade de despedir um governo que ele no seu juízo achasse inepto, independentemente da maioria saida de eleições de que esse governo gozasse. Uma tal prática presidencial equivaleria a desrespeitar a vontade popular e a declarar o voto irrelevante. Sejamos francos: se o PSD e o PP estivessem realmente convencidos de que tinha sido isto que se passara, não teriam suscitado pelo menos um levantamento nacional? Ter-se-iam limitado a murmurar queixumes contra a injustiça do Presidente?"
Quer dizer, demitir um primeiro-ministro seria precedente indesejável, mas dissolver uma Assembleia é fixe... que raio de argumento!
Com argumentação tão fraca não admira que a autora recorra a processos de intenção, e se concentre sobre "se o PSD e o PP estivessem realmente convencidos..."
Já agora, podem os visitantes deste modesto blog deixar aqui pistas para compreender este mistério? Muito agradecido.
PS. Pacheco Pereira gostou do artigo de M. Fátima Bonifácio, e acha-o esclarecedor...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home