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terça-feira, fevereiro 01, 2005

Eleições no Iraque e nós

As reacções, entre nós, às eleições no Iraque dão muito pasmar. O desconforto na esquerda é evidente. O fenómeno na comunicação social vem na linha habitual: os jornalistas encarneiram em grande escala no politicamente correcto e são pouco profissionais.

Cito, d'O Acidental: "Não deixa de ser tristemente revelador ler as reacções de incontida raiva de alguma extrema-esquerda radical - mas também de alguma esquerda dita moderada e sempre pronta a dar lições de democracia aos outros - perante o extraordinário sucesso das eleições iraquianas [...] As palavras escritas destilam ressabiamento e, mais grave ainda, ressentimento. Puro ressentimento contra os Estados Unidos.
A democracia no Iraque teve ontem a sua primeira vitória e a esquerda portuguesa anti-americana também saiu derrotada."

Do Abrupto: "Não valia a pena a RTP enviar um correspondente (Luis Castro) ao Iraque porque ele foi para lá com ideias feitas, atacou a realização de eleições por todos os meios, fez todas as previsões erradas, – que podia fazer de Lisboa porque elas são as suas opiniões e não factos –, e depois, encravado e atrapalhado nas suas infundadas previsões dos acontecimentos, trata de fazer um reporting sistematicamente enviesado para se justificar. Uma linha de continuidade: as eleições nada significam, nada importam. Não é jornalismo é ideologia."

Do Jaquinzinhos: "Foi com grande desconforto e consternação que um 'jornalista' da TSF anunciou que, 2 horas antes do fecho das urnas, 72% dos iraquianos já tinham votado."

Do Impensável: "As esquerdas parecem alimentarem-se da desilusão e do desastre. Ontem, o repasto foi pobre."

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