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quinta-feira, março 10, 2005

O PS e os pedófilos

Paulo Pedroso recusa mandato. Tanta é a certeza de que "tudo está agora sob controle", que este candidato, imposto por Sócrates contra as estruturas locais do PS de Setúbal, se dá ao luxo de declinar a imunidade parlamentar.

Ferro Rodrigues a ser empurrado para a Câmara de Lisboa.

Ministro do Trabalho e da Solidariedade Social: José António Vieira da Silva (um incondicional de Ferro Rodrigues).

Ministro de Estado e da Administração Interna: António Costa.

Catalina Pestana disse que porá o seu cargo à disposição do novo Governo.

Do New York Times, cito "'Muscles were torn and tissue was ripped, and some have lost control of their sphincters,'' Casa Pia's new director, Catalina Pestana, said in her office at the institution's main campus here. She said most of the abuse occurred to children ages 10 to 13. Psychologists here estimate that only about two-thirds of those abused will admit the ordeal."

O médico pedopsiquiatra Pedro Strecht demitiu-se da Comissão de Apoio Psicológico para a Intervenção em Crise da Casa Pia de Lisboa.

Amaral Dias na equipa de Carlos Cruz (por quanto$ milhões?)

Souto Moura, que teve a coragem de retirar da gaveta este processo, sob fogo do PS.

João Pedroso, irmão de Paulo Pedroso, foi eleito Conselheiro do Conselho Superior da Magistratura, pela Assembleia da República, em 2003, já depois do PS saber que Paulo Pedroso era arguido.

Rui Teixeira foi perseguido.

Há muitos indícios de que o caso Casa Pia pouco mais vai gerar do que a condenação do Bibi. Muitos previram que esta situação seria um corolário da maioria absoluta do PS.

Mesmo assim, é com surpresa que testemunhamos estes acontecimentos (muitos outros, na sombra, se sucedem...)

Há revoltas que não passam nunca. A situação das vítimas, neste caso, é um conjunto de tragédias terrível. Será possível assobiar para o lado, enquanto os culpados são colocados longe do alcance da lei?

A presunção da inocência dos arguidos é uma estória muito mal contada. Claro que na justiça o ónus da prova de culpabilidade pertence à acusação. Mas não é possível presumir inocência face a factos tão esmagadoramente indiciadores. Chegaram ao ponto de não permitir a audição das vítimas para memória futura!

Nem todos esquecerão esta vergonha nacional e o seu branqueamento.

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