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quarta-feira, julho 27, 2005

Défice? Qual défice?

O método socrático de lidar com a crise: o camartelo!

A que ponto pode chegar a estupidez e a teimosia humanas!...
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domingo, julho 10, 2005

You cant sink a rainbow

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O que diz o líder do Londonistão

Via Rua da Judiaria aqui ficam partes de uma entrevista que Omar Bakri Mohammed, um sheik que se autoproclamava “líder do Londonistão” e “Teórico da Al-Qaeda na Europa” concedeu ao Público (PÚBLICA Domingo, 18 de Abril de 2004) :

“O terror é a linguagem do século XXI”

PÚBLICA: Acha que vai ocorrer algum grande atentado em Londres?
Omar Bakri Mohammed: É inevitável. Porque estão a ser preparados vários, por vários grupos.(…)

P. Há muitos desses grupos “free-lance” na Europa?
R. Cada vez mais. O que é perigoso, porque nem todos têm a preparação teórica adequada. Aqui em Londres há um grupo muito bem organizado, que se auto-intitula Al-Qaeda-Europa. Divulgam, pela internet e email, muito material de propaganda e têm um apelo muito grande sobre os jovens muçulmanos. Sei que estão prestes a lançar uma grande operação.(…)

P. Como sabemos que um atentado é realmente da Al-Qaeda?
R. É fácil. Em primeiro lugar são sempre operações em grande escala. O texto divino é claro quanto à necessidade de provocar “o máximo dano possível". O operacional tem portanto de certificar-se de que mata o maior número de pessoas que pode matar. Se não o fizer, espera-o o fogo do Inferno. Em segundo lugar, a Al-Qaeda deixa sempre uma impressão digital: uma pista, como um carro com um Corão ou uma cassete, para ser encontrado pela Polícia. Terceiro, os ataques são feitos em dois ou três lugares ao mesmo tempo. Finalmente, a linguagem. Nos comunicados, basta ler uma frase para se reconhecer o seu rigor teórico: não há nenhum sinal de nacionalismo, não se dizem árabes, nem palestinianos, apenas muçulmanos. Falam sempre do martírio, da morte.(…)

P. Mas o que pode justificar matar deliberadamente milhares de civis inocentes?
R. Nós não fazemos a distinção entre civis e não civis, inocentes e não inocentes. Apenas entre muçulmanos e descrentes. E a vida de um descrente não tem qualquer valor. Não tem santidade.

P. Mas havia muçulmanos entre as vítimas.
R. Isso está previsto. Segundo o Islão, os muçulmanos que morrerem num ataque serão aceites imediatamente no paraíso como mártires. Quanto aos outros, o problema é deles. Deus mandou-lhes mensagens, os muçulmanos levaram-lhes mensagens, eles não acreditaram. Deus disse: “Quando os descrentes estão vivos, guia-os, persuade-os, faz o teu melhor. Mas quando morrem, não tenhas pena deles, nem que seja o teu pai ou mãe, porque o fogo do Inferno é o único lugar para eles".(…)

P. O Corão diz isso?
R. Sim. As pessoas não percebem, porque a televisão e os jornais só entrevistam os seculares. Não falam com quem sabe. Os seculares dizem que “o Islão é a religião do amor". É verdade. Mas o Islão também é a religião da guerra. Da paz, mas também do terrorismo. Maomé disse: “eu sou o profeta da misericórdia". Mas também disse: “Eu sou o profeta do massacre". A palavra “terrorismo” não é nova entre os muçulmanos. Maomé disse mais: “Eu sou o profeta que ri quando mata o seu inimigo". Não é portanto apenas uma questão de matar. É rir quando se está a matar.

P. Isso quer dizer que o terrorismo é natural e legítimo?
R. Só é legítimo o terrorismo divino.(…)

P. O que pretende a Al-Qaeda?
R. O terror. Estão empenhados numa jihad defensiva, contra os que atacaram o Islão. E a longo prazo querem restabelecer o estado islâmico, o califado. E converter o mundo inteiro.(…)

P. Os EUA podem negociar com a Al-Qaeda?
R. A Al-Qaeda é por natureza uma entidade invisível, não é um Estado, por isso não pode dialogar com um Estado. O seu projecto é derrubar os governos corruptos dos países muçulmanos, substitui-los por governos islâmicos e reconstituir o califado. Nessa altura, como Estado, poderão negociar com os EUA, de igual para igual. Primeiro, tentarão um pacto de segurança com eles. Dirão: nós fornecemos o petróleo e viveremos em paz, mas na condição de podermos divulgar livremente o Islão no Ocidente. Se os americanos não permitirem isto, então o califado terá de lhes declarar guerra.(…)

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Terrorismos

Como diz João Pereira Coutinho (JPC) no Expresso, na sequência dos ataques terroristas os sábios do costume acusam a América e o seu presidente.

Mário Soares diz coisas como: "O sr. Blair teve em Londres o que o sr. Aznar teve em Madrid. É a mesma coisa. Porquê? Porque as pessoas estão desesperadas.

[...]

Aquilo que se está a fazer no Afeganistão, na Palestina e no Iraque é criar ninhos de terroristas e facilitar o terrorismo mundial."

A impagável Ana Gomes, ao referir-se às bombas que explodiram em Londres, fala de "retaliação terrorista". Num outro post: "Responsabilizei e responsabilizo a Administração Bush, mas também Blair, Aznar, Berlusconi , Barroso, Balkenende..."

Esta ideia de que o terrorismo é um género de legítima defesa e último recurso dos desesperados vende bem, é muito politicamente correcta, mas é falsa. Ana Gomes e Mário Soares deviam experimentar este quiz.

JPC relembra os ataques de Teerão em 1979, Beirute em 1983, WTC em 1993, Quénia e Tanzânia em 1998, USS Cole em 2000, 11 de Setembro de 2001. A invasão do Iraque não parece poder justificar tudo.

Como Vasco Pulido Valente sublinha no Público, a hostiliade do islão ao Ocidente não começou com o Iraque. O terrorismo quer ditar ao Ocidente uma política no mundo e influenciar a política interna das grandes potências. Não há apaziguamento que altere esta realidade.

Mário Soares defende o diálogo para lidar com a Al-Qaeda. A tal organização que, de acordo com os seus escritos, quer fazer o Ocidente parte do Califado e matar todos os infiéis. A tal organização que, ao reivindicar os ataques de Madrid, escreveu: "Vós amais a vida, nós amamos a morte."

"O diálogo é um luxo que não podemos permitir", na opinião de JPC, que o Ávido secunda.

Como apontava há dias António Costa Pinto nas páginas do DN, "...o desafio da democratização do espaço cultural muçulmano e, sobretudo, árabe, é o maior desafio do mundo ocidental".
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quinta-feira, julho 07, 2005


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sexta-feira, julho 01, 2005

O rigor da rábula

Segundo o Público de hoje, a Comissão Constâncio, no seu célebre relatório super-preciso, contém a seguinte pérola aritmética: 98.8 + 153.9 = 101.3.

Há uma palavra que grita desesperadamente para ser dita: TRAPALHADAS!

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